Na manhã de terça-feira (7), mergulhadores contratados pela empresa Sumitomo iniciaram a operação de retirada de agrotóxicos que caíram no rio Tocantins após o desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira. Até o momento, foram retiradas 10 bombonas, totalizando 20 litros de defensivo agrícola, de um total de 20 mil litros que estavam sendo transportados.
A operação, que conta com a supervisão da equipe de Emergência Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), teve início com um mergulho de reconhecimento na manhã de terça. À tarde, os mergulhadores conseguiram retirar as primeiras bombonas. A continuidade da operação depende das condições climáticas, e os trabalhos prosseguem nesta quarta-feira (8).
Os agrotóxicos retirados do rio incluem três produtos distintos: Carnadine, que contém o ingrediente ativo acetamiprido e é utilizado no controle de pragas; PIQUE 240SL, com picloram, recomendado para o combate a plantas infestantes; e Tractor, que combina picloram e 2,4-D trietanolamina, destinado ao controle de plantas daninhas em pastagens.
Além da preocupação com os agrotóxicos, o Ibama também informou que, na segunda-feira (6), tanques com ácido sulfúrico no leito do rio apresentaram um pequeno vazamento. Embora não haja confirmação exata do volume derramado, estima-se que cerca de 23 mil litros de um total de 63 mil litros tenham vazado. O ácido sulfúrico, apesar de não ser inflamável, possui alto poder corrosivo e é considerado oxidante, o que gera preocupações sobre seu impacto ambiental.
As autoridades continuam monitorando a situação e trabalham para minimizar os danos ao ecossistema do rio Tocantins. A população é orientada a evitar a proximidade das áreas afetadas até que a situação esteja completamente controlada.