A Procuradoria-Geral da República (PGR) trouxe à tona investigações sobre a desembargadora Nelma Sarney, que supostamente acatava decisões sugeridas por seu genro, o advogado e ex-deputado Edilázio Júnior. As revelações são parte da Operação 18 Minutos, que detalha um padrão alarmante de colaboração irregular.
De acordo com as investigações, Edilázio Júnior redigia trechos de sentenças que eram, subsequentemente, incorporados nas decisões da desembargadora. As interceptações telefônicas indicam que ele não apenas enviava textos prontos, mas também solicitava concessões de efeitos suspensivos e orientava sobre o andamento de processos. Essa prática compromete a integridade do sistema judiciário, uma vez que decisões oficiais estavam sendo tomadas com base em sugestões externas.
O Ministério Público Federal considera que esse esquema favoreceu uma organização criminosa atuante no Judiciário Maranhense, resultando em sérias implicações legais para os envolvidos. A desembargadora Nelma Sarney já foi afastada do cargo por uma determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), enquanto Edilázio Júnior enfrenta processos relacionados a corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O Tribunal de Justiça do Maranhão ainda não fez pronunciamentos oficiais sobre esta grave situação.