A madrugada desta quinta-feira (25) escancarou mais uma vez o retrato da violência descontrolada que assombra a Grande Ilha. O jovem Juan Carlos Moraes, de apenas 14 anos, foi brutalmente executado dentro da própria casa, no bairro Vila Roseana Sarney, em São José de Ribamar.
Segundo a Polícia Militar, cerca de dez homens fortemente armados invadiram a residência por volta de 1h da manhã e dispararam pelo menos 18 vezes contra o adolescente, que ainda chegou a ser levado ao hospital, mas não resistiu.
O detalhe que mais chama atenção: Juan carregava na perna uma tatuagem de facção criminosa, informação confirmada pela polícia. Para muitos, isso explica a violência desmedida; para outros, revela um colapso ainda maior — a entrada cada vez mais precoce de adolescentes no crime e a incapacidade do Estado em proteger a juventude.
A execução levanta perguntas incômodas:
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Como dez homens armados circulam livremente durante a madrugada sem qualquer interceptação policial?
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Como um adolescente de 14 anos, que deveria estar na escola, se torna alvo de facções a ponto de ser sentenciado à morte dentro da própria casa?
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Até quando São José de Ribamar e a Região Metropolitana de São Luís vão conviver com execuções sumárias em plena madrugada?
O caso agora está nas mãos da Polícia Civil, que vai investigar as circunstâncias do crime. Mas, para os moradores da área, a sensação é de que a vida vale cada vez menos.