Na última quinta-feira (8), o tribunal do júri da cidade de Santa Inês condenou um homem a 29 anos de prisão, após ser considerado culpado por crimes sexuais contra suas três filhas. As acusações incluíram estupro de vulnerável e importunação sexual, com os crimes remontando a 2017.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, em 2 de outubro de 2022, o réu teria praticado atos libidinosos com sua filha de apenas 13 anos. Investigações subsequentes revelaram que as outras duas filhas do réu também relataram abusos que ocorreram principalmente à noite. Uma das vítimas afirmou que seu pai se aproveitou da internação da mãe para perpetrar os crimes. Após uma denúncia feita pela irmã, as demais filhas também tiveram coragem de relatar os abusos sofridos.
Durante o processo, o réu negou todas as acusações. Entretanto, o Ministério Público destacou que, em casos de crimes sexuais, a palavra da vítima é fundamental para compreender a gravidade dos atos, já que esses crimes costumam ocorrer em segredo. A magistrada Ivna Cristina de Melo Freire salientou que a relação de parentesco não diminui a responsabilidade penal do acusado. “Na verdade, isso reforça a reprovabilidade do ato”, afirmou. Embora o réu tenha respondido ao processo em liberdade, ele tem o direito de recorrer também em liberdade.