MP aciona TCE e expõe possíveis irregularidades milionárias na gestão de Chiquinho FC em Codó; Band Maranhão questiona prefeitura

Codó (MA) – A gestão do prefeito Chiquinho FC voltou ao centro de uma nova polêmica envolvendo suspeitas graves de irregularidades em licitações, contratos públicos e adesões de atas de registro de preço.
O caso veio à tona com a Representação nº 8199/2025, protocolada pelo Ministério Público do Maranhão no Tribunal de Contas do Estado, que pediu auditoria imediata em vários procedimentos da Prefeitura de Codó.

O documento do MP aponta uma sequência de falhas consideradas inaceitáveis, que vão desde falta de transparência até possíveis práticas que podem ter colocado em risco o dinheiro público.

A Band Maranhão está investigando o caso e enviou um pedido oficial de esclarecimentos à prefeitura.


Sistema considerado instável e que pode comprometer licitações

Segundo o MP, a Prefeitura de Codó estaria utilizando um sistema eletrônico próprio para as licitações — e esse sistema apresenta instabilidade, falhas e problemas técnicos que, segundo o órgão, comprometem a lisura, a isonomia e a competitividade dos processos.

Mesmo com alertas técnicos, a gestão teria insistido no uso da plataforma, algo que levantou ainda mais suspeitas.


Falta de publicidade e possível desrespeito à Lei de Acesso à Informação

Outro ponto grave apontado na Representação é a ausência de publicações obrigatórias no PNCP (Portal Nacional de Contratações Públicas), exigência da Lei 14.133/2021.

Para o MP, a falta de publicação:

  • prejudica a transparência,

  • levanta dúvidas sobre motivação da omissão,

  • fragiliza a fiscalização dos gastos públicos.


Licitações com vícios graves: inversão de fases, falta de valor estimado e pré-qualificação indevida

O Ministério Público também identificou:

  • licitações sem valor estimado,

  • inversão irregular de fases,

  • exigência de pré-qualificação sem base legal.

Esses vícios, além de ilegais, podem facilitar direcionamento, restrição de competitividade e até superfaturamento.

O MP afirmou que as explicações da gestão foram insuficientes e não afastam o risco de prejuízo ao erário.


Adesões suspeitas a ARPs de quatro cidades diferentes

A investigação também apontou possíveis irregularidades na adesão a Atas de Registro de Preço (ARPs) das cidades de:

  • Pastos Bons

  • São Bernardo

  • Peritoró

  • São José de Ribamar

Essas adesões envolvem serviços de:

  • gráficos,

  • motoristas,

  • gerenciamento de frota,

e levantam questionamentos sobre:

  • critérios técnicos,

  • justificativa,

  • preço,

  • vantajosidade.


MP pede auditoria completa do TCE e vê risco de dano ao erário

Diante de tantas inconsistências, o Ministério Público solicitou ao TCE uma auditoria total, incluindo:

  • economicidade,

  • preços,

  • Estudos Técnicos Preliminares (ETPs),

  • legalidade formal,

  • possíveis danos financeiros.

A postura da Prefeitura de minimizar o caso como “transitoriedade” levantou ainda mais suspeitas.


Band Maranhão cobra respostas da Prefeitura

A TV Band Maranhão enviou pedido formal de esclarecimento questionando:

  • por que o sistema instável continua sendo usado;

  • por que não publicaram no PNCP;

  • por que há licitações com vícios graves;

  • por que aderiram ARPs de outras cidades;

  • e se a gestão reconhece falhas ou continua negando os problemas.


Matéria em atualização

A Band Maranhão aguarda manifestação oficial da Prefeitura de Codó.

A equipe segue monitorando o caso e analisando documentos que podem revelar ainda mais detalhes sobre o funcionamento das licitações no município.

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