R$ 120 bi em jogo: ausência de Brandão pode custar caro ao Maranhão

 

A ausência do governador do Maranhão, Carlos Brandão, na Assembleia Geral do Consórcio Nordeste — realizada nessa semana (em Teresina-PI) — gerou forte repercussão e acendeu um alerta sobre o papel do estado nas decisões que moldam o futuro econômico da região. Segundo reportagem exibida pela TV Band Maranhão, o encontro discutiu mais de 240 projetos estruturantes, com potencial de liberar mais de R$ 120 bilhões em financiamentos. Mesmo assim, o Maranhão não teve representação direta.

Enquanto governadores disputavam espaço, influência e recursos em uma das mesas mais estratégicas do país, Brandão cumpria agenda local voltada ao anúncio de investimentos para o Carnaval 2026. Para analistas políticos, a pauta cultural tem relevância, mas não justifica a ausência do chefe do Executivo em um ambiente onde se discutem políticas capazes de transformar infraestrutura, tecnologia, emprego e renda em toda a região.

Projetos bilionários ficaram sem a defesa do Maranhão

O Consórcio Nordeste tratou de temas estratégicos como:

  • Criação do Centro de Inteligência Artificial do Nordeste;
  • Planos de industrialização regional;
  • Projetos de transição energética;
  • Investimentos em infraestrutura logística e urbana;
  • Políticas de emprego, inovação e desenvolvimento social;
  • Aprovação do orçamento 2026 do Consórcio.

Sem governador presente, o Maranhão ficou fora da disputa direta por financiamentos junto ao BNDES, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Caixa e outros organismos de crédito.

Durante o Band Cidade, o jornalista Vitor Pinto classificou a ausência como um erro político com impacto real, não apenas simbólico. Ele destacou que o Maranhão segue com alguns dos piores indicadores sociais do Nordeste — especialmente em educação, renda e desenvolvimento humano — justamente em áreas que dependem fortemente de projetos estruturantes e de articulação federativa.

“Aqui se disputa dinheiro, tecnologia e futuro econômico. E, hoje, o Maranhão não está sentado à mesa”, afirmou o comentarista.

A emissora ressaltou ainda que, em qualquer arena de decisão nacional ou regional, presença importa. Governadores constroem alianças, articulam prioridades, marcam posição e garantem espaço no orçamento — algo que não pode ser delegado ou substituído.

O que o Maranhão perde quando não aparece?

Com R$ 120 bilhões em disputa, cada estado apresentou projetos, pleitos e estratégias para atrair investimentos. Sem Brandão, o Maranhão:

  • perde força política;
  • diminui sua capacidade de negociação;
  • corre risco de ficar atrás dos demais estados na aprovação de projetos;
  • reforça uma imagem de baixa competitividade regional.

Em um cenário de disputa intensa por recursos e influência, a ausência de liderança política pode custar caro — especialmente para um estado que mais precisa de investimentos sociais e econômicos de grande porte.

A pergunta que fica

Enquanto os governadores do Nordeste discutiam o futuro da região, o Maranhão estava ausente.

E diante de uma mesa que movimenta bilhões, projeta décadas de desenvolvimento e decide prioridades de investimentos, uma questão ecoa pelas análises políticas:

Quantas oportunidades o Maranhão deixou de disputar por não estar presente onde as grandes decisões são tomadas?

 

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